Pessoas que tumultuam o ambiente de trabalho: como impor limites
Já trabalhei com profissionais extremamente competentes, desenvolvendo as suas funções com muita qualidade. Demonstravam ter uma postura segura, no entanto, caso algo ocorresse errado, transformavam-se “em lobo mau” à procura do verdadeiro culpado. Pessoas assim costumam ter perfil excessivamente competitivo, são extremamente exigentes e perfeccionistas e também intransigentes. Há que se tomar cuidado para que, pessoas com essas características, não tumultuem o ambiente de trabalho, provocando inimizades, impondo regras e tornando difícil o relacionamento com colegas e fornecedores.
Hoje, não basta ser competente em uma empresa. As corporações avaliam outras prioridades nos profissionais e valorizam aqueles que são flexíveis, equilibrados emocionalmente e têm facilidade de se comunicar e solucionar problemas.
Talvez agora você esteja com a seguinte dúvida: por que uma empresa mantém um funcionário que não está dentro desse padrão? Para essa questão, pode haver muitas respostas, tais como: o gestor não quer se desfazer de tal profissional porque o considera muito eficiente e assertivo, ou, o profissional está há muito tempo na companhia e já criou laços com a alta administração, que não conhece esse seu perfil de confrontos que só acontecem com colegas da mesma faixa hierárquica e fornecedores.
Se algo semelhante tem ocorrido em sua empresa, então, está diante de um problema delicado e que precisa ser logo resolvido. Nem sempre, o funcionário que gera conflitos desnecessários com os demais colegas, fará o mesmo com o seu gestor.
Infelizmente, os demais colaboradores é que têm que conviver com esse tipo de profissional inconstante. Quando está bem, interage com todo mundo, quando as coisas não estão do jeito que quer, os demais “pagam o pato”. O gestor precisa sempre observar a equipe para notar essas falhas no relacionamento e conversar individualmente com cada um, antes de decidir o que fazer. É comum muita gente abrir mão de um emprego porque não tolera conviver com pessoas com comportamento bipolar. Isso é preocupante. Perder talentos desequilibra um processo que está indo bem, desestimula o resto do time que assiste a tudo e, muitas vezes, cala-se por achar que a outra pessoa não corre o risco de ser demitida.
Dependendo da gravidade do caso, muitos gestores se orientam com coachs, buscando caminhos que possam trabalhar os dois lados: do profissional com o comportamento inadequado e da equipe que enfrenta o transtorno. Contratar uma pessoa para mediar tal situação é uma forma eficaz de lidar com o problema. Espera-se que após essa iniciativa, as pessoas consigam conviver melhor com as diferenças e que, de alguma forma, a paz volte a reinar. Importante que o gestor não descuide de monitorar o ambiente, afinal estar em um local saudável e harmonioso é bem mais fácil para criar, produzir e ser feliz.
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